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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Eu sei


Me lembrei que eu nunca esqueci
Como se arma balanço.
E eu sempre soube o que fazer com os domingos de chuva.
E eu nunca desperdicei felicidade.
Na verdade eu nunca esperei o que esperar.
Sempre fiz dos fatos a minha vontade.
Não sei se esse tempo todo eu pareci frio ou covarde.
Se pareço ainda sim estranha,
E você me olha com esse ar de incompreensão sem ao menos disfarçar.
Abra a porta por inteiro pra eu te ver melhor.
Vou abrir também a janela pra circular o ar.
Não quero que você vá embora,
Quero apenas respirar.
Eu conheço cada ponto fraco de minhas escolhas.
Mas só eu sei ver o sol no seu olhar.
Mereço cada uma de suas agulhadas.
Mas também mereço suas mãos pra me levantar.

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