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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O_QUE_ NÃO_ DA_ PRA_ VER


Presenciei um acidente.O carro vinha em alta velocidade e acabou capotando.Foi uma cena horrível que não que nunca mais quero ver.Mas como as pessoas que estavam dentro do carro foram saindo e estavam toas bem;eu não quis chegar perto.Esperei tudo se resolver para ir dormir.
Esses dias sentada na mesa de uma lanchonete esperando o tempo passar,fazendo hora mesmo,esperando acabar meu horário de almoço,pensando distante,deixando meus pensamentos fugirem do alcance de meus olhos.Quando finalmente volto ao meu corpo,me encontro novamente sentada na cadeira laranjada com os braços apoiados na mesa cinza;me dei conta da presença de alguém,era uma senhora de cabelos vermelhos como os meus,,estatura baixa,olhos pequenos,expressão curiosa,pouco acima do peso,seios fartos e neles uma tatuagem,o desenho já desgastado era um coração espetado por uma flecha de fogo.A senhora olhou firmemente em meus olhos e me pediu um tempo de conversa,sem ter outra alternativa diante de um olhar tão ameaçador,pedi que ela se sentasse,e começamos a conversar.Ela não me falou muito,nem me deu muitas explicações sobre o fato,reparou minhas vistas voltadas na tatuagem e me explicou o desenho(quando tinha 3 anos queimara se com café quente e aos 11 se machucou em uma cerca de arame farpado,as cicatrizes do acidente foram inevitáveis e o desenho foi feito para encobri-las)me disse também o que fazia na região,e depois sem qualquer explicação levantou se bruscamente olhou em meus olhos e disse que eu não sairia nunca mais de sua memória me lançando aquele olhar ameaçador novamente me perguntou –Por que você não me socorreu?

Ps:meu medo era maior que o medo de quem deveria ter mais medo....

Menininha [2]


Te peço menininha que não bata a porta do quarto na cara de quem te ama.
Quero te avisar menininha que as moças perdem seus namorados
para a areia movediça do orgulho.
Recomendo que não saia meia noite pra gritar.
Que não se auto afirme diante dos pobres olhos de quem te vigia.
E que não arranhe os sentimentos alheios.

Não vá menininha doce,
Levantar o tem na hora errada,
Mantenha o amor em teu timbre.
Não vá afundar na lagoa gelada da confusão.
Jamais rasgue os poemas que escreve.

E agora menininha ?
Agora que o mundo já dormiu?
O que há de fazer com a noite matadora?
Como há de olhar de sua pouca altura a dimensão das estrelas?
Abra menininha a janela e olhe sem pretensão a beleza,
E faça a oração dos sábios silenciando sua fraqueza.

14 de novembro

Julio - :vc usa muito antíteses para distorcer um pensamento
(01:05) Ludmilla Marra:é essa minha essência paradoxal
(01:05) Julio - "Não re:entao vc nao eh aquilo que mostra vc eh uma antítese ambulante
(01:06) Ludmilla Marra:sim
(01:06) Julio -:esperando (talvez esperando) que alguem te entenda ou veja vc pelo "lado certo" nao pela "pele de cordeiro"
(01:06) Ludmilla Marra:mas n tem lado
(01:06) Julio - :tem sim, meu anjo até uma esfera redonda tem lado
o seu que é um prolema
(01:06) Julio - :vc nao eh o cordeiro é a navalha
(01:07)Ludmilla Marra:kkkkkkkkkkkk tenho psicopatologia?
(01:07) Julio - :não pára rsr
(01:07) Ludmilla Marra:depende do angulo q olham
(01:07) Julio - " teria que ser muito doido pra te dizer isso volta na Monalisa
(01:07) Ludmilla Marra:se vc quiser ver a navalha vai ver
(01:07) Julio - :tem uma tecnica de pintura chamada "olhar onipresente" acho que eh este o nome
(01:08) Julio - :eh algo que, nao importa de que lado vc a olhe
ela sempre estara olhando pra vc isso eh divino também voce, Ludimila traz isso contigo
(01:08) Julio - :para a pessoa "ver a navalha"
ela tem que mudar de ângulo mas nao vai conseguir ver nada alem do cordeiro
(01:08) Julio - :ate que VOCE mostre a navalha nao eh da competencia de quem ve te ver como vc eh eh da sua
(01:09) Ludmilla Marra:sei disso mas veja vc mesmo
(01:09) Ludmilla Marra:usando de "Antiteses" para me definir hora me diz q eu sou a navalha hora me diz que eu sou divina
(01:10) Ludmilla Marra:tipo angelical
o aque é o que é a navalha
(01:10) Julio - :a navalha é a pressao que esta em seu interior
(01:10) Ludmilla Marra:e a navalha é algo positivo?a divindade é algo negativo ?
(01:11) Julio - ambos sao bons =) (01:11)
Julio - "Não re:soh que vc se 'bitolou' tanto nesta coisa de 'antitesiar' sua propria essência que se colocou em extremos que a associacao eh quase impossivel
(01:12) Julio - :("um anjo com uma navalha..." um tanto filme de terror tipo B...
(01:13) Ludmilla Marra:na verdade era pra ser reflexivo axo q mostrando os dois extremos tenho uma postura digamos que direta
(01:13) Ludmilla Marra:e sem meio termo
(01:13) Julio - :mas reflexivo para quem?
(01:13) Ludmilla Marra:de quem me v
(01:13) Julio - :para voce ou para quem le?
(01:13) Ludmilla Marra:pra quem se propoe a analisar a levar a serio
(01:14) Julio - :aaaaaaaaaaaaaaaaaaa entao perai, ja muda alguns pontos:
(01:14) Ludmilla Marra:quem lê muitas vezes axa q é só mea duzia de palavras dificeis e um reles
(01:14) Julio - vc se define de tal forma para que a pessoa ao te olhar
possa,
(01:14) Julio - :primeiro: transpor o muro intelectual que ali esta colocado
(porque nao eh um texto facil de se entender...)
(01:15) Julio - ":segundo: nao escorregar na propria empatia e ter capacidade de analisar as antiteses, metaforas e os sentimentos que ali estao colocados
(01:15) Julio - ":(que tambem nao eh algo facil, pois vc brinca muito bem com as palavras...)e por fim, se a pessoa passou por essas duas etapas,
(01:16) Julio - ":ela deverá passar pela ultima que seria como... hmmm... (01:16) Julio - "Não re:um "sistema de defesa" seu
eh complicado explicar...
(01:16) Julio - ":mas seria +/- como "um mapa complexo ate o tesouro" que seria seu interior o seu verdadeiro Eu
(01:17) Julio - ":(mais ou menos isso, ou estou no caminho errado?) (01:17) Ludmilla Marra:certissimo

14 de novembro (L)

(23:59) Ludmilla Marra:como me axou?
vc é de onde?

(23:59) Julio - :poeticamente falando,
as areias do tempo nos cruzaram e esbarrei no seu véu

(00:00) Julio - :sou de longe, muito longe
tão longe que o mais perto que conseguiria chegar teria que ser com o coração

(00:01) Ludmilla Marra:uii

(01:46) (F)Julio - "Não re: é muito alem rosto, sorriso ou "KKKKKKKK"
só que, a pessoa quando se aventura no "fantastico mundo de Ludmila"
(01:47) (F)Julio - "Não re: com certeza ira querer chegar ate o final
mesmo com suas negacoes, muros, obstaculos

Quero isso


Quero isso ,
a presença concreta de algo abstrato,
Quero a comprovação física de algo invisível.
Quero isso,
Esse ser incontrolável de visita imprevisível,
Com sonhos nos olhos e um sorriso inconfundível.

Quero isso,
Teu excesso de sensibilidade,
Numa marcante presença canceriana,
O antagônico encaixe perfeito de seu amor com meu amargor de sagitariana.
A quase um dia do signo errado.
De uma combinação difícil e um amor exagerado.

Quero isso,
O sabor eterno de um sonho inexistente,
A admiração banal de um relacionamento diferente.
Quero as minhas mãos no seu sorriso contente,
A marca dos seus dedos nos nossos dias irreverentes.
Quero isso.

Passei por voce


Passei pelo tempo,
E na contagem medíocre do seu passado escrevi uma pagina.
Vaguei cega pelas teias tendenciosas dos ciclos de almas gemias.
Prendi meus dedos na ampulheta de sangue do teu tempo,
Prendi seu tempo.
Me prendi ao relento.
Me salvei em um refugio selvagem,
Onde nem você nem os mártires assassinos dos nossos instintos sobrevivem.
Deste instinto de você dessa vez eu escapo.
Só sei que da vertigem de teu desencanto meu equilíbrio se estabelece de pé.
Contrapondo-se ao fato

A trégua de um sonho


Hoje a alma pensante merece q trégua de um sonho azul
E mesmo ainda distante distingue o tal sonho blue .
A tábua de pregos presa em sua inércia depressiva ,
Amoleceu e ruiu com o tempo de uma espera apreensiva.
No legado de um mundo de aprendizado,
Está sua gota de esperança,
E mesmo com o coração apertado está sorrindo como criança.
Parece pegar o mesmo trem que a plenitude,
Que mesmo com breve contato,
Jamais sairá de sua lembrança aquela magnitude.

Se me falta tino:


Se é angústia que tumultua meu despertar.
Se é a tontura que atrapalha meu caminhar,
Se é a névoa que me impede de enxergar.

Palpites de precipícios,
Minúcia sobre natural,vestígios de si próprio
Enchente no fundo do mar.

Se falo de muito
Se falo de pouco.
É certo que me falta tino.
Só por que é você,
Que eu não sei onde está.

Sei que em sumo
Em tudo me contradigo,
Sei que mil versos nada digo.
Sei que sou essa confusão que carrego comigo.

Não quero te assustar:


Não quero lhe assustar,
Mas essa noite vi o mundo pegar fogo.
As escolhas se inverterem,
Me enfureci com esse anti-jogo.

Não quero te assustar,
Quero que chame a policia para mim.
E me diga em que lei me cabe,
Não vou querer me defender mesmo assim.

Não quero lhe assustar,
Mas mais cedo ou mais tarde estarei banida desse abismo,
E não mais chorarei com palavras,
ainda que chova Sol.
E se do outro lado do muro a vida se decompor ,
Quero que exista o meu toque em tudo que me importou.

Depressão


Mergulho no mar morto.
Greve de sono,
Moeram meu corpo.

Estive onde o coração não bate,
O sangue não pulsa a esperança não nasce.

Descaracterização,
Quase deformidade,
Já nem recordo mais em qual das minhas imagens ficou minha felicidade.

Desejo apenas que o mar me mate,
Minhas lágrimas que o compõem não tem sentido
E minha razão a muito foi pro abate.