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sábado, 3 de outubro de 2009

ITINERÁRIO

Eu me colocarei de pé aos raios do primeiro sol,estarei a postos para iniciar um novo dia.Eu me admirarei sem medo a maior das montanhas que se fará o meu norte,a segurança virá de algo que eu acho que se chama fé e a esperança virá de algo que eu acho que se chama intuição.Eu sentirei intensamente das feridas causadas pelos obstáculos,farei questão de ver sangrar cada arranhão,pois se assim não for,não saberei o que me machuca,se a indelicadeza de uma pedra enorme vier a me derrubar,eu irei me reerguer,talvez com alguma dificuldade mas saberei que as grandes pedras podem me derrubar.
Eu me atirarei sim nas descidas lá de baixo deve dar pra ver melhor os topos,e da visão turva que terei do "fundo do poço" eu poderei escolher o meu céu.Eu subirei mais uma vez,se por do destino do topo eu conseguir avistar uma cachoeira um pouco mais ironiaem baixo eu descerei novamente sem medo de perder a vista do topo.E lá chegando a água será minha recompensa,aproveitarei todas as gotas que puder tocar.E quando o marasmo enfadonho das corredeiras que seguem sempre a mesma direção me obrigar a buscar outros nortes eu irei sem pestanejar estarei pronto para um novo caminho procurar;pois não conheço quem exista e não tenha um caminho.
Se acaso a sorte me presentear com uma rede que me comporte e me conforte eu repousarei como quem encontrou o que há muito procurava,mas estarei ciente que a plenitude não se deixa agarrar por muito tempo.

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