
Eu execrável artista morta
Dotada de poder algum
Escalo uma janela fechada
Que dá para lugar algum.
Fajuta é a alma vive que teima em respirar
Que teima em fotossintetizar a raiz jazida
Dentre os apaziguados corpos mortos
Descansa em paz artista desconhecida.
Em um palco escuro a luz de velas
Eu demonstro nenhum talento.
Nenhuma habilidade.
Artista morte súbita
Sangra doentio inverdade.
Invertebrada,inerte desalmada
Descansa alma dourada,
Em calçada prata enferrujada
Descansa artista apagada.
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