Desde sempre assim;O tempo sempre se deitou aos seus pés.Me refiro ao senhor que estampa o tempo nas expressões marcadas,me refiro aquela velha peça permanente que se desdobra em nossa mente que sempre que nossa visão quer alcançar o fim da estrada.Já que falarei sobre ele é bom que conte pelo menos parte de sua estória;Horácio o fabricante de relógio,na verdade apenas um consertador de relógios.O tal senhor não se fazia diferente em cedo ou tarde quente ou frio.era sempre e para sempre como alguém ligeiramente estóico diante da madrugada e do cedo e do frio glacial.Sentava se na esquina e lá mesmo era seu escritório todos por algum motivo sabiam que seu Horácio trabalhava com o concerto de relógios,mas o que era mesmo o mistério para todos era por que o tal senhor não se importava com o tempo.Perguntava se ao velho sobre as horas ele nunca sabia dizer,na verdade argüia que não sabia olhar o relógio,ninguém nunca comprovou ou desmentiu o velho.Outro fato que deixava perplexos os vizinhos da tal esquina eram os horários que o velho estava no lugar um dia se passava e ele estava lá bem cedo no outro de madrugada ,sempre que lhe dava na telha o velho ia e se sentava na esquina sol ou chuva,e ainda dizia que na chuva os consertos de relógios a prova d’água eram mais solicitados.Vá entender né!mas era assim foi assim e vai ser assim que o velho vai proceder,dizem que ele vive num mundo paralelo.O senhor de idade que é senhor de seu tempo que carrega nas mãos outros tempos e que não vive em seu tempo pois tem um tempo paralelo.O velho que tem o fabricante de tempos em tempos não reage não se fere não se dá conta das horas.Acho que pede sempre devagar ,praticamente deve implorar o fim dos dias,semanas,meses,anos,décadas,milênios e mudanças que ele não vê chegar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário